sexta-feira, 13 de julho de 2012

Corrente do Bem

Ontem fui para São Paulo visitar uma QUERIDA amiga que está hospitalizada no Einstein com leucemia desde abril. Ela passa 3 semanas no hospital e uma em casa. Na semana que vai para casa, encontra forças para jantar fora e dar umas voltas. Uma guerreira. Vai se curar de tanto amor que tem pela vida e pela família.
Estava apreensiva com nosso encontro; não a via desde então. A última vez que estivemos juntas foi em março num final de semana de sonhos em Chamonix (França).
Já sabia que ela estava com a cabeça raspada e mais magra. Quando entrei no quarto ela dormia. Estava abatida, pálida e com um turbante na cabeça. Logo acordou e de presente me deu o maior sorriso. Demos um abraço de “urso” e começamos a conversar.
Logo pensei:
Que injustiça!
De início fiquei meio sem graça, me sentindo mal por estar de pé, podendo ir e vir enquanto ela estava na cama, brigando com essa doença maldita que lhe toma as forças, provoca enjôos, mas que FELIZMENTE entra em remissão.
Assim que ela zerar; o próximo passo é fazer um transplante. Ontem tomei uma aula. O primeiro passo é investigar entre os irmãos (ela tem 4), para ver se algum é compatível. Se são filhos do mesmo pai e da mesma mãe são as maiores probabilidades. A irmã mais compatível deu 50%. Passaram então para os bancos de doadores e ela me deu a ótima noticia:
-       Consegui dois doadores 100% compatíveis.
-       UAU!!!!!!! Que MARAVILHA!!!!!!
-    Entrei com dois processos, um aqui e um nos Estados Unidos. O daqui anda meio parado (affffff!!!!) mas o de lá está andando bem rápido.
-       Mas... como funciona esse mercado? Isso é comercializado?
-       Não, as pessoas fazem isso por AMOR; uma DOAÇÃO voluntária; um ato de GENEROSIDADE.
-       Eu nem sabia que isso existia. Como é que funciona?
-     Existe sim; o Brasil tem um milhão de doadores. Em primeiro lugar encontra-se a Alemanha (proporcional ao tamanho do país). Na Alemanha é mais fácil os doadores serem compatíveis por ter um baixo índice de miscigenação de raças. Em segundo lugar os EUA e em terceiro o nosso país. O operacional é bem simples, eles fazem uma punção na medula e retiram um líquido com a pessoa anestesiada. Depois colocam no meu soro; as células são "inteligentes" e percorrem o caminho sozinhas até se fixarem na medula e em até 20 dias acontece a “pegada”; nesse dia estarei CURADA!!!!!!

Fiquei feliz por saber dessa estatística e sensibilizada ao descobrir que muita gente não encontra doador. Quando isso acontece, pega-se o líquido da parte saudável, do próprio paciente, mas as chances de cura são bem menores.

Me sinto na obrigação de difundir a informação, se possível arrumar adeptos e assim que for fazer meus exames anuais semana que vem, já avisar ao meu clínico que quero fazer parte dessa corrente do bem.

Quanto a nossa amiga amada, mês que vem faz a transfusão das plaquetas e não vemos a hora de poder comemorar com ela e com a família essa cura!!!!


Vire um doador também:
www1.inca.gov.br

4 comentários:

  1. puxa, dessa vez seu post me pegou ...fiquei abalada e triste. Repensando tanta coisa. Quantas injustiças . Mas ela vai se curar e temos tirar daí a lição para fazer parte dessa corrente (tb vou !!) e rever valores e valorizar o que realmente importa. beijos ♥ ♥

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    1. Pois.... me senti assim também, mas eu precisava fazer isso e divulgar, salvar uma vida estah ao alcance de todos!!!! Beijos

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  2. eu não posso doar, infelizmente - mas é IMPORTNATE DEMAIS esta divulgação Olga, postei no meu Face e vou repostar agora, bjs

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  3. Eu sei que é amiga e tenho certeza que se vc pudesse doaria!!!! Beijos

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